quarta-feira, 27 de outubro de 2010

CASAMENTO - CORAÇÃO

CORAÇÃO – SENTIMENTO

CARACTERISTICAS:-
O coração é do tamanho aproximado de um punho fechado e com peso em média de 400 g, tem cerca de 12 cm de comprimento por 8 a 9 cm de largura.

Quantas vezes seu coração bate?
72 vezes por minuto 100 mil vezes por dia.
38 milhões de vezes em um ano
Até aos 70 anos, em média, seu coração bateu 2,5 bilhões de vezes!

Quanto sangue seu coração bombeia?
Um coração repouso 70 ml por batida.
5 litros por minuto 7.200 litros por dia,
2.628.000 litros por ano 184.086.000 litros até os 70 anos de idade.
Nada mal para uma bomba de 300 gramas!

Certamente nenhum outro órgão do corpo traz à tona tanto sentimento. O coração também tem um lugar especial em nossa psique coletiva. Ele é sinônimo de amor, mas tem outras associações também. Veja aqui alguns exemplos:
• ter coração - ser piedoso
• mudar o coração - mudar de idéia
• saber algo de cor (de coração) - memorizar algo, guardar
• coração partido - perder um amor
• sentir do fundo do coração - sentir profundamente
• ter um bom coração - ser bom
• sem coração - maldoso
• coração pesado - tristeza
• ouvir seu coração - seguir sua intuição

BELO CORAÇÃO
Um dia um jovem homem posicionou-se no centro duma aldeia e proclamou bem alto que possuía o coração mais belo de toda a região.
Aproximou-se uma grande multidão que o rodeou e todos viram e confirmaram que o seu coração era perfeito, pois não se viam nele quaisquer manchas ou riscos. Sim, todos foram unânimes em considerar
aquele coração como o mais belo coração jamais visto.
Ao ver-se admirado o jovem sentiu-se ainda mais orgulhoso, e ainda com mais convicção assegurou ter o mais belo coração daquela vasta região.
Foi então que se aproximou um ancião e lhe perguntou:
— Porque afirmas isso, se o teu coração nem se aproxima da beleza do meu?
Surpreendidos, a multidão e o jovem, olharam para o coração do velho e viram que batia fortemente, mas estava cheio de cicatrizes e nalguns lugares faltavam pedaços que haviam sido substituídos por outros que não encaixavam bem.
Viam-se rebordos e arestas irregulares e isso era prova evidente de encaixes frustrados. E também se podiam ver algumas ausências onde falhavam pedaços consideráveis.
Os olhares das pessoas baixaram para o chão, enquanto iam perguntando-se:
— Como pode o velho afirmar que o seu coração é o mais belo?
Por sua vez, também o jovem analisou o coração do velho, mas ao vê-lo naquele estado mal-arremendado partiu-se a rir. Por fim disse:
— Deves estar a brincar conosco. Compara o teu coração com o meu... O meu é perfeito! E o teu é um conjunto de cicatrizes e de dor.
— É verdade, respondeu o velho, o teu coração tem um brilho perfeito; porém, eu jamais me relacionaria contigo.
Olha para o meu: cada cicatriz representa uma pessoa a quem ofereci o meu amor. Arranquei pedaços do meu coração para os oferecer a quem amei. Muitos outros, por sua vez, obsequiaram-me com um pedaço do seu e os coloquei no buraco que fora aberto. Como os pedaços não eram iguais ficaram uns restos e umas pontas que me dão muita alegria, pois me recordam o amor partilhado.
Nalgumas alturas ofereci pedaços do meu coração a algumas pessoas, que não me retribuíram o seu: foi por isso que ficaram algumas falhas. Oferecer amor é um risco, mas apesar da dor que essas feridas me provocam por terem ficado abertas, recordam-me que os continuo a amar e assim alimento a esperança de um dia conseguir preencher o vazio que deixaram no meu coração.

Compreendes agora o que é verdadeiramente belo?
O jovem continuava em silêncio enquanto as lágrimas escorriam pela face. Depois aproximou-se do ancião, arrancou um pedaço do seu belo coração e ofereceu-lho. O ancião aceitou-o e colocou-o no seu coração, depois, por sua vez, arrancou um pedaço do seu velho e maltratado coração e com ele tapou a ferida aberta do jovem.
O pedaço colou-se ao novo coração, mas não na perfeição. Ficaram a ver-se uns rebordos nada estéticos. O jovem olhou o seu coração que já não era perfeito. Porém, era mais bonito que antes, pois nele fluía agora sangue daquele velho.

Marcas no coração
Você já sentiu, alguma vez, a dor causada por uma pancada na quina da mesa, da cama, ou de outro móvel qualquer?
Sim, aquela pancada que quase nos faz perder os sentidos, e deixa um hematoma no corpo.
Em princípio surge uma marca avermelhada, depois arroxeada, e vai mudando de cor até desaparecer por completo.
Geralmente o local fica dolorido, e sempre que o tocamos sentimos certo desconforto.
A marca permanece por um tempo mais ou menos longo, conforme o organismo.
Agora imagine se, por distração, você bate novamente no mesmo lugar do hematoma...
A dor é ainda maior e a cor se intensifica.
Se isso se repetisse por inúmeras vezes, o problema poderia se agravar a tal ponto que a lesão se converteria num problema mais grave.
Com a mágoa acontece algo semelhante, com a diferença de que a marca é feita no coração e é causada por uma lesão afetiva.
No primeiro momento a marca é superficial, mas poderá se aprofundar mais e mais, caso haja ressentimento prolongado.
Ressentir quer dizer sentir outra vez e tornar a sentir muitas e muitas vezes.
É por isso que o ressentimento vai aprofundando a marca deixada no coração.
Como acontece com as lesões sofridas no corpo, repetidas vezes no mesmo lugar, também o ressentimento pode causar sérios problemas a quem se permite o ressentir continuado.
Se um hematoma durasse meses ou anos em nosso corpo, a possibilidade de se transformar em câncer seria grande.
Isso também acontece com a mágoa agasalhada na alma por muito tempo.
A cada vez que nos lembramos do que motivou a mácula no coração, e nos permitimos sentir outra vez o estilete na alma, a mágoa vai se aprofundando mais e mais.
Além da possibilidade de causar tumores, gera outros distúrbios nas emoções de quem a guarda no coração.
Por todas essas razões, vale a pena refletir sobre esse mal que tem feito muitas vítimas.
Semelhante a um corrosivo, a mágoa vai minando a alegria, o entusiasmo, a esperança, e a amargura se instala...
Silenciosa, ela compromete a saúde de quem a mantém e fomenta ódio, rancor, inimizade, antipatias.
Muitas vezes a mágoa se disfarça de amor-próprio para que seu portador consinta que ela permaneça em sua intimidade.
E com o passar do tempo ela se converte num algoz terrível, mostrando-se mais poderosa do que a vontade de seu portador para eliminá-la.
De maneira muitas vezes imperceptível, a mágoa guardada vai se manifestando numa vingançazinha aqui, numa traiçãozinha ali, numa crueldade acolá.
E de queda em queda a pessoa magoada vai descendo até o fundo do poço, sem medir as conseqüências de seus atos.

Para evitar que isso aconteça conosco, é preciso tomar alguns cuidados básicos.
- O primeiro deles é proteger o campo das emoções, fortalecendo as fibras dos nobres sentimentos, não permitindo que a mágoa o penetre.
- O segundo é tratar imediatamente a ferida antes que se torne mais profunda, caso a mágoa aconteça.
- O terceiro é drenar, com o arado da razão, o lodo do melindre, que é terreno propício para a instalação da mágoa.

É importante tratar essa suscetibilidade à flor da pele, que nos deixa extremamente vulneráveis a essas marcas indesejáveis em nosso coração, tornando-nos pessoas amargas e infelizes.

Agasalhar ódio, mágoa ou rancor no coração, é o mesmo que beber veneno com a intenção de matar o nosso agressor.

Pense nisso, e não permita que esses tóxicos se instalem em seu coração.

"Sobre tudo o que se deve guardar, guarda o teu coração, porque dele procedem as fontes da vida." (Provérbios 4 : 23)

Dar-lhes-ei um só coração e um só caminho, para que me temam todos os dias, para seu bem e bem de seus filhos. (Jer. 32:39)

Farei com eles aliança eterna segundo a qual não deixarei de lhe fazer o bem e porei o meu temor nos seus corações para que nunca se apartem de mim. (Jeremias 32:40)

Põe-me como selo sobre o teu coração, como selo sobre o teu braço, porque o amor é forte como a morte. (Cantares 8:6)

"Mas, se tendes amarga inveja, e sentimento faccioso em vosso coração, não vos glorieis, nem mintais contra a verdade." (Tiago 3 : 14)

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