sexta-feira, 15 de outubro de 2010

RESTAURANDO A GLÓRIA


Restaurando a Arca/Glória

A Arca da Aliança, Arca de Deus ou Arca do Pacto (hebraico:ארון הברית aróhn hab•beríth;grego: ki•bo•tós tes di•a•thé•kes") é descrita na Bíblia como o objeto em que as tábuas dos Dez mandamentos teriam sido guardadas, como também veículo de comunicação entre Deus e seu povo escolhido.
Segundo o livro do Êxodo, a montagem da Arca foi orientada por Moisés, que por instruções divinas indicou seu tamanho e forma. Nela foram guardadas as duas tábuas da lei; a vara de Aarão; e um pote de ouro contendo um ômer, (3,6 litros) de maná (Hb 9:4). Estas três coisas representavam a aliança de Deus com o povo de Israel. Para judeus e prosélitos a Arca não era só uma representação, mas a própria presença de Deus.
A Bíblia descreve a Arca da Aliança da seguinte forma: caixa e tampa de madeira de acácia, com 2 côvados e meio de comprimento (um metro e onze centímetros ou 111 cm), e um côvado e meio de largura e altura (66,6 cm). Cobriu-se de ouro puro por dentro e por fora. - (Êxodo 25:10 a 16)
Para seu transporte, necessário para um povo ainda nômade foram colocadas quatro argolas de ouro nas laterais, onde foram transpassados varas de acácia recobertas de ouro. Assim, o objeto podia ser carregado pelo meio do povo.
Sobre a tampa, chamada Propiciatório "o Kapporeth", foi esculpida uma peça em ouro, formada por dois querubins ajoelhados de frente um para o outro, cujas asas esticadas para frente, tocavam-se na extremidade, formando um arco, de modo defensor e protetor. Eles se curvavam em direção à tampa em atitude de adoração (Êxodo 25:10-21; 37:7-9). Segundo relato do verso 22, Deus se fazia presente no propiciatório no meio dos dois Querubins de ouro em uma presença misteriosa que os Judeus chamavam Shekinah ou presença de Deus.
Somente os sacerdotes levitas poderiam transportar a tocar na arca, e apenas o Sumo-Sacerdote, uma vez por ano, no dia da expiação, quando a Luz de Shekinah se manifestava, entrava no santíssimo do templo. Estando ele em pecado, morreria instantaneamente.
Outros relatos bíblicos se referem ao roubo da arca por outros povos inimigos de Israel (filisteus), que sofreram chagas e doenças enquanto tinham a arca em seu poder. Homens que a tocavam que não fossem levitas ou sacerdotes morriam instantaneamente. Diante dessas terríveis doenças causadas pela presença da Arca do Senhor Deus de Israel, os filisteus se viram numa necessidade de se livrarem do objeto de adoração, então, a mandaram para a cidade de Gate, e logo após para Ecron, sendo sempre rejeitada, o que acarretou na sua devolução ao povo de Israel...
Temos clara consciência de que a arca deve estar presente dentro e em meio ao povo de Deus na manifestação clara de sua glória (shekinah). Numa análise do texto de II Crônicas 15:1-29, podemos aprender que:
V1 – assim como a arca tinha seu local apropriado, a glória de Deus de igual forma precisa ter seu espaço reservado para sua manifestação.
V2 – Apenas os Levitas poderiam transportá-la. Não é por acaso que a liturgia do culto tem seu início com louvores. Apesar de muitos músicos sequer conhecerem o assunto, a arca seguia a frente do povo, transportada pelos levitas, outros não deveriam tocá-la.
Entenda que a abertura dos cultos não começam com louvores por coincidência, é para levar-nos a presença do Eterno.
V12 – Tamanha responsabilidade não poderia exigir outra coisa se não a SANTIFICAÇÃO, preparo. Lembrem-se os levitas desempenham o importante papel de levar o povo a adoração/presença de Deus. Por isso eles mesmos devem antes de qualquer coisa ir a presença do Senhor e buscar enchimento do poder, da glória de Deus.
V13 – Podemos aprender a partir deste verso que quando não agimos em conformidade com a palavra, abrimos BRECHAS e através delas permitimos que o inimigo avance.
V16 – Para que a arca (glória de Deus) retorne, esteja presente em meio ao povo, à frente devem ir os levitas carregando a arca, com seus instrumentos e também com alegria.
V25 – Encontramos neste verso que os levitas são ajudados, fortalecidos exclusivamente por Deus. Portanto Levitas é competência exclusiva de Deus socorrê-los, alimentá-los, fortalecê-los e receber o sacrifícios que oferecerem, eu disse oferta de sacrifícios, portanto se querem levar o povo a presença de Deus, devem antes oferecerem sacrifícios diante dEle, portarem seus instrumentos(inclusive a voz) e alegria.
V28 – As vestes eram de linho fino que traziam o significado de oferta ao Senhor e a estola sacerdotal tinha o significado de pedidos ofertados.
V29 – É comum pessoas não receberem a glória de Deus devido a medo, timidez e até mesmo por criticas. Quando Deus opera e nos abençoa com a glória, pessoas poderão nos criticar, foi assim com o povo de Israel, porém não permita que essas coisas impeçam de receberem o melhor dos céus.
Encontramos no texto de ISamuel 2:12 a seguir o relato da morte do Sumo Sacerdote Eli e de seus dois filhos, Hofini e Finéias. O que me impressiona é que a glória de Deus, a arca em mãos erradas torna-se maldição, os filisteus que levaram a arca da aliança, por não serem levitas, não estarem preparados. A partir do momento que a arca chega no arraial deles, são acometidos de doenças. A arca (glória) do Senhor fora do local devido, determinado pelo Senhor, não será benção. Espere no Senhor com paciência pois aquilo que nos pertence chegará as nossas mãos. Ainda que o inimigo tente nos roubar ele terá que soltar as nossas benção.
A ordem para hoje é:
Santifiquemo-nos para que haja restauração(retorno) da arca/glória do Senhor. Quando a arca/glória está presente temos garantia de vitória, conquistas.
Compreendo que a ausência de milagres, os cultos formais, vazios da glória de Deus se deva na maioria das vezes a ausência de arrependimentos, falta de santificação ao distanciamento dos levitas e do povo e a falta de comprometimento dos com o Senhor e com sua palavra.
É tempo de restaurarmos a glória do Senhor em nossas vidas e em meio ao povo, é tempo de dar à glória de Deus o lugar que lhe é devido e assim desfrutaremos de um tempo de manifestação de curas, libertações, transformações de vidas, salvação de almas, levantamento de novos ministros e ministérios em diferentes vidas. É TEMPO, É TEMPO
"Mas a hora vem, e agora é, em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade; porque o Pai procura a tais que assim o adorem." (João 4 : 23).
Pr. Marcos Barbosa

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